sexta-feira, 22 de junho de 2012

Comparativo: Dafra Riva 150 x Honda CG 125 Fan x Yamaha YBR 125


Neste comparativo, a Riva enfrenta Yamaha YBR 125 Factor K (R$ 5.830) e Honda CG Fan 125 KS (R$ 5.280), moto que ocupa o posto de mais vendida no Brasil, com cerca de 30.000 unidades mensais. Além desses modelos, a própria Dafra tem outras opções na categoria das utilitárias, que são Speed 150 (R$ 4.490) e Apache 150 (R$ 5.990). A Suzuki possui duas motos na categoria, a Yes 125 (R$ 5.890) e GSR 150i (R$ 6.829), e a Kasinski é representada por Comet 150 (R$ 5.390). A Honda ainda tem CG 150 Fan e CG 150 Titan, ambos modelos mais top da categoria e que já possuem preços muito mais altos - a partir de R$ 6.380
Enquanto ao visual, basta olhar e, mesmo quem não é perito em motos, logo dirá que a Riva possui o visual mais atual. Enquanto CG e YBR mantém a clássica cara de utilitária, o projeto recém-criado da Haojue mostra que as coisas mudaram. Seguindo a tendência da Titan 150, a Riva possui carenagens que envolvem o farol dianteiro e uma pequena bolha sobre o mesmo. As diferenças seguem com pequenas carenagens que envolvem o tanqueCom estas características, a Riva parece estar uma geração à frente de suas concorrentes. Ao passo que YBR e CG passam a impressão de terem parado no tempo.
Piscas, retrovisores e painel também mostram a juventude da Riva. Seu mostrador é misto de analógico e digital, enquanto YBR e CG utilizam modelos totalmente analógicos, com os tradicionais mostradores redondos. A CG nem mostrador de combustível possui.
A Riva chega com apenas uma versão e pacote completo para a categoria. A moto possui partida elétrica, lampejador de farol, freio a disco na dianteira e rodas de liga-leve. Em comparação, as versões básicas de CG e YBR avaliadas são bem simples, ambas com rodas raiadas e com partida elétrica – este dispositivo é muito importante, principalmente em dias frios, quando as motos têm mais dificuldades em pegar. A Yamaha ainda tem lampejador e corta-corrente, item não presente na Riva.
No quesito ergonomia, ao subir na CG fica nítido que a proposta da moto e ser um veículo para enfrentar o trânsito pesado das grandes cidades. Seu conjunto é mais enxuto, o que gera mais facilidade para cortar o trânsito e também certo desconforto para os mais altos. Na sequência aparece a Riva e depois a YBR, a que proporciona mais espaço para o motociclista se encaixar e é a mais confortável. Para o garupa, a Riva é a pior disparado – existem pouca espuma no assento, as pernas ficam demasiadamente flexionadas e o acesso às alças é ruim.
Concluindo, sempre que se fala de motos de origem chinesa no Brasil existe certo preconceito por parte dos consumidores. A Riva chegou para quebrar este paradigma e mostrou que seu conjunto pode brigar com as rivais das tradicionais marcas japonesas. Com grandes atrativos de preço, equipamentos e mesmo desempenho, o modelo da Dafra é o que apresenta melhor custo-benefício. Mesmo assim, os modelos de Honda e Yamaha ainda transmitem mais rigidez de conjunto.
Em curvas, trocas de marchas e superação de buracos nas vias, a 150 da Dafra ainda apresenta mais vulnerabilidade que as concorrentes, com mais torções do chassi. Apesar do comportamento bom, a Riva mostrou que precisa de alguns ajustes para alcançar a linearidade e estabilidade de YBR e CG e ainda resta saber como será a durabilidade da motocicleta. Em contrapartida, Factor e, principalmente a CG 125, sentem o peso da idade e precisam urgente de modernidade.

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