A motocicleta foi
inventada simultaneamente por um americano e um francês, sem se conhecerem e
pesquisando em seus países de origem. Sylvester Roper nos Estados Unidos e
Louis Perreaux, do outro lado do atlântico, fabricaram um tipo de bicicleta
equipada com motor a vapor em 1869
O inventor da
motocicleta com motor de combustão interna foi o alemão Gottlieb Daimler, que,
ajudado por Wilhelm Maybach, em 1885, instalou um motor a gasolina de um
cilindro, leve e rápido, numa bicicleta de madeira adaptada, com o objetivo de
testar a praticidade do novo propulsor. A glória de ser o primeiro piloto de
uma moto acionada por um motor (combustão interna) foi de Paul Daimler, um
garoto de 16 anos filho de Gottlieb.
O motor de
combustão interna possibilitou a fabricação de motocicletas em escala
industrial, mas o motor de Daimler e Maybach, que funcionava pelo ciclo Otto e
tinha quatro tempos, dividia a preferência com os motores de dois tempos, que
eram menores, mais leves e mais baratos. No entanto, o problema maior dos
fabricantes de ciclomotores - veículos intermediários entre a bicicleta e a
motocicleta - era onde instalar o propulsor: se atrás do selim ou na frente do
guidão, dentro ou sob o quadro da bicicleta, no cubo da roda dianteira ou da
traseira? Como de início não houve um consenso, todas essas alternativas foram
adotadas e ainda existem exemplares de vários modelos. Só no início do século
XX os fabricantes chegaram a um consenso sobre o melhor local para se instalar o
motor, ou seja, a parte interna do triângulo formado pelo quadro, norma seguida
até os dias atuais.
A história da motocicleta no Brasil começa no início do século passado com a
importação de muitas motos européias e algumas de fabricação americana,
juntamente com veículos similares como sidecars e triciclos com motores. No
final da década de 10 já existiam cerca de 19 marcas rodando no país, entre
elas as americanas Indian e Harley-Davidson, a belga FN de 4 cilindros, a
inglesa Henderson e a alemã NSU. A grande diversidade de modelos de motos
provocou o aparecimento de diversos clubes e de competições, como o raid do
Rio de Janeiro a São Paulo, numa época em que não existia nem a antiga
estrada Rio-São Paulo.

O crescimento da indústria automobilística no Brasil, juntamente com a facilidade de compra dos carros, a partir da década de 60, praticamente paralisou a indústria de motocicletas. Somente na década de 70 o motociclismo ressurgiu com força, verificando-se a importação de motos japonesas (Honda,Yamaha, Susuki) e italianas. Surgiram também as brasileiras FBM e a AVL. No final dos anos 70, início dos 80, surgiram várias montadoras, como a Honda, Yamaha, Piaggio, Brumana, Motovi (nome usado pela Harley-Davidson na fábrica do Brasil), Alpina, etc. Nos anos 80 observou-se outra retração no mercado de motocicletas, quando várias montadoras fecharam as portas. Foi quando apareceu a maior motocicleta do mundo, a Amazonas, que tinha motor Volkswagen de 1600cm3. Atualmente a Honda e a Yamaha dominam o mercado brasileiro, mas aí já deixou de ser história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário